O centro da liturgia de hoje consiste na reflexão sobre a vinha do Senhor. A história de Israel é pretexto para resgatar e refletir o modo como Israel colocou em prática a vontade do Deus de Jacó, como relata a primeira leitura tirada das profecias de Isaias. A profecia sobre a vinha coloca o problema da infidelidade no seguimento de Deus e, como Israel, de quando em vez se desvia do rumo certo e não faz o que Deus manda. O salmo responsorial (salmo 79) pretende descrever a caminhada do povo de Israel desde o início. Reconhece a presença de Deus nessa caminhada e suas ações em favor dos israelitas quando proclama: “Arrancastes do Egito esta videira, e expulsastes as nações para plantá-la; até o mar se estenderam seus sarmentos, até o rio os seus rebentos se espalharam” (Sl 79). O povo reconhece a culpa e pede misericórdia. Implora que o Senhor visite novamente a vinha para protegê-la e ensiná-la a percorrer o caminho certo com fidelidade empenho. Este é o discurso de Jesus no evangelho de São Mateus, ao chamar a atenção das autoridades de Israel chamando-as de incompetentes e irresponsáveis. Não entram no Reino e atrapalham aquelas que desejam entrar. E hoje nós, como reagimos à esse discurso de Jesus?