As quatro leituras da liturgia de hoje demonstram que o seguimento de Deus exige comprometimento com a realização do Plano de Salvação desejado pelo Pai de Jesus. Por isso “muitos são chamados e poucos são escolhidos” (Mt 22,14). Importante também questionarmos: quem somos nós? Fazemos parte dos chamados ou estamos entre os escolhidos. É a nossa ação que define e determina se estamos perto de Jesus ou junto dele, já que Jesus é o rosto humano de Deus e nós somos a razão da presença Dele no mundo, como explicita o convite ao banquete em Isaias e no Evangelho de São Mateus. É por decisão do Pai que nós existimos Nele. E por Ele e Nele o Pai criou todas as coisas e colocou tudo à nossa disposição. Essa é a razão de afirmar que, antes mesmo de conhecermos Jesus, Ele já tinha nos escolhido. Nele somos, nos movemos e existimos. Ele caminha conosco e quer nos ensinar quem somos nós e como nós podemos chegar, com Ele, até o Pai. Por conhecer a condição humana tira todas as dúvidas e responde a todos os questionamentos desde que saibamos servir com dedicação e empenho, da mesma forma como participamos do banquete eucarístico. Por isso nesse mês dedicado as Missões é bom não esquecer que a Igreja é sempre missionária. Aquela que vai ao encontro dos abandonados e excluídos para incluí-los e atendê-los nas suas necessidades inadiáveis, promovendo uma vida digna.