Primeira leitura: Is 45, 1.4-6
Segunda leitura: I Ts 1,1-5b
Salmo: 95
Evangelho: Mt 22,15-22
Quanto mais Jesus se aproxima de Jerusalém mais intensa fica sua proposta de seguimento. É o que a liturgia de hoje convida a refletir. Em Jerusalém acontecerá a rejeição total da ação messiânica manifestada em Jesus, o messias Servo-sofredor. Um dos enfrentamentos se desenvolve quando os fariseus se unem aos herodianos com a finalidade de preparar uma armadilha para Jesus. Trata-se de uma provocação sobre o pagamento ou não de tributos ao Império Romano. Atividade essa de extremo perigo diante da qual coloca o ativista sob as garras imperiais. Jesus percebendo a astúcia deles inverte a questão e coloca para eles outro questionamento como forma de se proteger contando com a reação popular. Tal enfrentamento demonstra a radicalidade da proposta do seguimento de Jesus. Ela não admite concessão, como ele mesmo havia nos alertado na liturgia do último domingo: “muitos dos primeiros serão os últimos e os últimos serão primeiros” (Mt 22, 14). Quem escolhe seguir Jesus vai aprendendo que tudo fica invertido. Essa inversão vai acontecendo quando o seguimento é alimentado pelo contato diário e necessário com a Palavra de Deus como ensina a primeira carta aos tessalonicenses: “o nosso Evangelho não chegou até vós somente por meio de palavras, mas também mediante a força que é o Espírito Santo; e isso com toda a abundância” (I Ts 1, 5b).. Ela tem capacidade para retirar a venda dos olhos de quem quer seguir o Messias Servo-sofredor hoje.