O Evangelho de São Marcos será lido durante todas as celebrações do ano litúrgico de 2018. A preocupação central das narrativas deste evangelista, sobre a vida de Jesus, consiste em refletir sobre A atividade de Jesus com aquele que resgata os indefesos. Para Marcos Jesus é o Resgatador, o Goel aquele que é extremamente sensível e identifica todas as pessoas que sofrem qualquer tipo de exclusão social. Por isso Jesus anunciado pela comunidade de Marcos institui a nova maneira de Ser Povo de Deus para defender a vida e o futuro dos excluídos. A apresentação de Jesus no Templo de Jerusalém narrado no evangelho de hoje, demonstra que na História de Israel Deus Altíssimo esteve sempre de olho nas situação em que as famílias eram desclassificadas. Simeão toma o menino Jesus no colo e apresenta a Israel dizendo que ele é o Messias Prometido Pelo Pai. Ele resgatará todos os desclassificados e colocará como valor supremo da nova maneira de ser Povo de Deus as ações s atitudes para incluir os excluídos. Por isso o Messias prometido está entre os empobrecidos, aqueles que não tinham valor e nem dignidade para a sociedade do tempo de Jesus. Por isso Marcos quer mostrar que, de fato, Jesus inaugura uma nova maneira de seguir Deus em que o espaço eclesial não é mais o Templo Sagrado, mas o lar, a casa, onde a Família é Sagrada. A família que está excluída na periferia do Grande Império Romano. Poderemos, então, viver hoje aprendendo com Jesus que todas as famílias são sagradas, pois como pessoas convivem num espaço abençoado e acompanhado por Deus. Nesse convívio a participação é fundamental por meio do diálogo e da compreensão onde todos e todas se preocupam com o coletivo. Além do convívio, do diálogo e da participação de cada pessoa que compõe a família hoje, viver a alegria do cotidiano é indispensável e não a hierarquia e o autoritarismo, mesmo porque, como Povo de Deus, todos são irmãos e irmãs.