As três leituras da liturgia do 14º Domingo do Tempo Comum colocam para a nossa reflexão a importância da atividade profética. Essa atividade foi implantada pelo próprio Deus no meio do seu povo, por intermédio de uma comunidade cuja finalidade consistia em apontar o caminho a seguir. Na comunidade profética o líder tinha a função de denunciar as injustiças e opressões e de anunciar a vivência da solidariedade entre o povo, como forma de exterminar a exclusão, que maltratavam e judiavam dos pequeninos e indefesos. Era a voz dos que não tem voz e nem vez. Por essa razão, os lideres proféticos são chamados de “Boca de Deus”. Ezequiel como “Boca de Deus” em pleno exílio babilônico, se empenhava na sua missão para fazer o povo de Israel exilado entender que Deus não tinha abandonado, mas caminhava com eles e saberia encontrar uma forma de fazê-los voltar para a Terra Prometida. Jesus também foi um líder profético e como “Boca de Deus” combatia a organização religiosa judaica por ela não defender a pessoa humana explorada e abandonava e nem ajudar a incluir os excluídos. Essa atividade profética de Jesus é entregue a Igreja. Ela é desafiada a prosseguir esse caminho com a mesma força que estava na comunidade de Corinto.