Primeira leitura: Sb 7,7-11; Salmo 89; Hb 4,12-13; Mc 10,17-30
Segunda leitura: Hb 4,12-13
Salmo: 89
Evangelho: Mc 10,17-30
Quanto mais Jesus se aproxima de Jerusalém mais intensa fica sua proposta de seguimento. É o que a liturgia de hoje convida a refletir. Em Jerusalém acontecerá a rejeição total da ação messiânica manifestada em Jesus, o messias Servo-sofredor. As autoridades religiosas que estão no Templo não reconhecem esse Jesus, assim como o jovem que possuía “muitas propriedades” (Mc 10,22). Tanto as autoridades religiosas quanto esse jovem estavam aguardando outro messias: o rei poderoso. Diante deste enfrentamento a proposta para o seguimento de Jesus é radical e não admite concessão. Por isso Ele mesmo alerta que “muitos dos primeiros serão os últimos e os últimos serão primeiros” (Mc 10, 31). Quem escolhe seguir Jesus vai aprendendo que tudo fica invertido. Essa inversão vai acontecendo quando o seguimento é alimentado pelo contato diário e necessário com a Palavra de Deus por ela ser “viva e eficaz e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes” como explica a Carta aos Hebreus. Ela tem capacidade para retirar a venda dos olhos de quem quer seguir o Messias Servo-sofredor hoje. Feliz de quem adere à proposta desse seguimento, pois, só assim, experimentará a “luz cujo brilho não tem fim” (Sb, 7, 10) como ensina o Livro da Sabedoria. Peçamos juntos essa luz: “Vem, Senhor Jesus” (Ap 22, 20).