Primeira leitura: At 9, 26-31
Segunda leitura: I Jo 3, 18-24
Salmo: Salmo 21
Evangelho: Jo 15, 1-8
A liturgia do domingo passado trazia um convite para olhar para baixo refletindo o ministério de Jesus como o Bom Pastor, neste domingo ela nos convida a olhar para os lados, quando de mãos dadas formamos a videira de Deus no mundo. Eu sou videira verdadeira e meu Pai é o agricultor. Cada pessoa batizada participa da videira como um ramo que permanece em Cristo e Cristo nela. A Igreja reúne os filhos e as filhas da luz que nascem para a vida eterna, por isso a liturgia vai ajudando compreender a ressurreição de Jesus e entender a nossa união com Ele hoje como Igreja que continua sua atuação aqui e agora. Essa luz une as primeiras páginas da Bíblia às últimas: liga o livro do Gênese ao Apocalipse. No Gênese Deus entra no jardim a procura do ser humano. No Apocalipse Deus encontra o ser humano e não sai mais desse jardim. A Igreja é o jardim de Deus. É sua morada como fala a segunda leitura da liturgia de hoje. Nós estamos nesse jardim. Lugar do encontro de quem está enamorado. Vivemos, portanto, no tempo de nos conhecermos a nós mesmos, de conhecermos a Deus e de Deus nos conhecer também. Por isso Jesus nos convida a viver nessa sintonia com Deus ao dizer no evangelho de João: “permanecei em mim e eu permanecerei em vós” (Jo 15, 4). É exatamente essa experiência que Paulo e Barnabé vivenciaram em Jerusalém depois da chegada de Paulo, quando a Igreja “consolidava-se e progredia no temos do Senhor e crescia em número com a ajuda do Espírito Santo” (At 9, 31). Eles e nós formamos a vinha do Senhor que cresce unida a Jesus Ressuscitado produzindo frutos e espalhando a Boa Nova do Reino.