A Festa de Cristo Rei do Universo celebrada hoje encerra o ano litúrgico vivido por nós neste ano de 2020. As três leituras contribuem para refletirmos sobre a seguinte questão: quem é Jesus? Há mais de dois séculos esse questionamento tem auxiliado mulheres e homens a buscar respostas das mais diversas formas. Essa pergunta é tão importante e tão central para a fé cristã, pois, diante dela foram construídos argumentos distintos, em cada um dos quatro evangelhos. Para o evangelho de Marcos Jesus é a “pedra rejeitada e que se tornou pedra angular”. Em Mateus o próprio Jesus desafia quem o segue dizendo: “se a justiça de vocês não superar a justiça dos escribas e fariseus, vocês não entrarão no Reino dos Céus”; em Lucas, esse desafio se manifesta com a seguinte frase: “sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria e até os confins da terra”. Para o evangelho de João Jesus sempre existiu: “no principio era o Verbo, o Verbo estava em Deus e o Verbo era Deus”. Portanto, é uma pergunta que não quer calar. No evangelho de hoje (Mt 25, 31-46), por exemplo, o desafio de Jesus continua a nos questionar, quando deseja ser reconhecido nos rostos dos famintos, dos sedentos, dos estrangeiros, dos enfermos e dos aprisionados. E, para nós, quem é Jesus? Qual é a nossa resposta?