A liturgia do 6º domingo da Páscoa convida a refletir naquilo que é perene e duradouro na caminhada de fé: a promessa de Deus fazer em nós a sua morada. Assim Jesus disse no evangelho de São João: “como meu Pai me amou, assim também eu vos amei. Permanecei no meu amor” (Jo15, 9). A verdade que permanece e, ao mesmo tempo nos desafia nessa caminhada de fé: Deus vem morar no nosso meio enviando o Espirito Santo para nos ensinar tudo e recordar tudo o que Jesus nos ensinou. Desta forma, não somos nós que vivemos correndo atrás de Deus, mas é Ele que deseja morar em nós, fazer parte da nossa vida e da nossa família. É Ele que, o tempo todo, está querendo nos encontrar para mostrar o seu amor gratuito. É Dele a iniciativa em estabelecer essa comunhão conosco, bastado a nós apenas nos abrir e aceitar essa proposta, entender e contribuir. Quando isso acontecer estaremos prontos para viver a verdade revelada na primeira carta de João: nossa existência vivida em profunda comunhão com Deus, “amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus e todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece Deus” (I Jo4,7). A nossa caminhada de fé nós a fazemos com Cristo, por Cristo e em Cristo. E, como brasas perto da fogueira vamos incendiando uns aos outros no amor de Deus que permanece vivo entre nós.