Primeira leitura: Jr 23, 1-6
Segunda leitura: Ef 2, 13-18
Salmo: 22
Evangelho: Mc 6, 30-34
A exemplo do Povo de Deus, a comunidade de Marcos se enche de coragem para ser servidora da Palavra de Deus e do povo que sofre. O sofrimento desse povo tem origem nas estruturas sociais que foram construídas e são mantidas dando privilégio para alguns e excluindo a grande multidão. Para poucos toda terra, toda renda e todas as oportunidades. Para a grande multidão sobrou a luta diária por emprego e salário, saúde e futuro. A riqueza da elite é resultado da miséria dos esquecidos. A religião judaica no tempo de Jesus acompanhou essa divisão, trazendo-a para dentro das sinagogas e das famílias. Tanto as autoridades romanas quanto as judaicas são pastores que deixam perder-se e dispensar-se o rebanho de Deus, como lembra a 1ª leitura. Os olhos de Deus nunca esquecem essa realidade e por isso tem compaixão como afirma o evangelho de Marcos: “Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor”. A comunidade de Marcos sabe que os sofredores, abandonados, enfermos e despossuídos buscam Jesus. Contra toda esperança acreditam na esperança de contar com a ajuda de Jesus para construir uma nova maneira de viver. Portanto, um novo mundo é possível se acreditarmos como eles.