Primeira leitura: Is 50,5-9a
Segunda leitura: Tg 2,14-18
Salmo: 114
Evangelho: Mc 8,27-35
A reflexão litúrgica desse domingo continua a do domingo passado. Em Jesus, Deus não só confirma sua presença e defesa ao lado das vítimas, mas ele próprio se faz vítima. Assume suas dores, sua exclusão social, sua rejeição pelo sistema religioso judaico e, por essas razões, é desprezado, humilhado e assassinado. Jesus é o Messias – Servo Sofredor de quem os profetas falavam, como Isaias na 1ª leitura. Aquele que não se deixa abater e nem desvia o rosto de bofetões e cusparadas porque sabe que ao seu lado está quem justifica. E é tão certa sua ligação com Deus – aquele que lhe abre os ouvidos e é seu auxiliador que lhe dá forças e coragem para desafiar seus adversários. Ele anda na presença de Deus na terra dos vivos, canta o salmista (Sl 114) e nos convida a cantar também, desafiando-nos para o seguimento de Jesus. Hoje sabemos que “contra fatos não há argumentos”. São as nossas ações cotidianas a melhor revelação por demonstrar quem seguimos como ensina a carta a Tiago. Foi exatamente isso que aconteceu com Pedro: seu discurso não se encontrava com sua prática. Ele negava com suas ações o que afirmava com suas declarações. O Servo Sofredor que corrigiu Pedro também está pronto para nos corrigir: abramos nosso coração à sua Palavra.