Primeira leitura: Sf 2,3.12-13
Segunda leitura: I Cor 1, 26-31
Salmo: 145
Evangelho: Mt 5; 1-12a
Ser sinal de contradição é a forma mais autêntica de viver a gratuidade. É de gratuidade que se compõe o coração de Deus por fazer o sol brilhar, todos os dias, sobre justos e injustos. É Deus que escolhe os que não são para confundir os que são como é ressaltada na 2ª leitura. A escolha de Deus é gratuita, é prestativa e que não suporta a injustiça. Aprende a vivê-la diariamente quem experimenta ser como aquele que está a serviço. Por isso Deus vive em gratuidade, pois Ele está sempre a serviço. Esse é o convite da liturgia de hoje: aprender a viver na gratuidade sendo sinal de contradição. As comunidades proféticas na época de Sofonias progrediram nessa experiência ao renascerem em Deus para serem sinal de contradição. Elas aprenderam a enfrentar o medo quando metiam o dedo na ferida ao apontar que Israel estava sendo uma nação construída na corrupção. Por isso os ricos ficavam cada vez mais ricos a custa dos pobres que não conseguiam mudar sua situação e continuavam na miséria. Foi o que Jesus ensina ao assumir a mensagem que no Antigo Testamento foi confiada a Moisés. Jesus é o Novo Moisés que propõe um novo êxodo e luta para tirar os pobres da exclusão, da fome e da miséria. Só é uma comunidade seguidora de Deus se socorre a viúva que passa fome e o estrangeiro que está doente. E nós, que tipo de comunidade é a nossa?