Primeira leitura: I Rs 17, 10-16
Segunda leitura: Hb 9,24-28
Salmo: 145
Evangelho: Mc 12,38-44
Por conhecer a Bíblia Jesus sabe como viveu os reis em Israel, tem grande admiração pelo comportamento dos sábios judeus, mas se identifica com os profetas. Ele dá continuidade à ação profética. Está aqui o convite para a reflexão presente na liturgia desse domingo. A ação profética é coletiva e comunitária por que procura olhar a sociedade como se Deus a olhasse. Por isso o profeta empresta sua voz a Deus e aos abandonados. Ele é voz de quem não tem voz e nem vez. Ele denuncia as injustiças que excluem os pequeninos chamando as autoridades para a transformação da estrutura social e anuncia aos esquecidos a esperança e a luta por causa da fidelidade de Deus. A presença do órfão e da viúva nas falas de Elias na primeira leitura e de Jesus no evangelho mostram que Deus caminha com os mais fracos e oprimidos. A partilha e a solidariedade garantem para eles o futuro, como Elias procurou demonstrar à viúva de Sarepta, enquanto Jesus procura demonstrar àqueles que caminham com Ele que é falsa a religião que não cuida e nem protege a viúva. Não é de Deus a manifestação religiosa que não vê a exploração dos mais fracos e nem socorre os caídos. De que lado está a manifestação religiosa que fazemos hoje?