Primeira leitura: Jr 1, 4-5.17-19
Segunda leitura: I Cor 12, 31-13,13
Salmo: 70
Evangelho: Lc 4; 21-30
Ser sinal de contradição é a forma mais autêntica de viver a gratuidade. É de gratuidade que se compõe o coração de Deus por fazer o sol brilhar, todos os dias, sobre justos e injustos. Essa caridade, cantada na 2ª leitura, ensina que ela é prestativa e que não suporta a injustiça. Aprende a vivê-la diariamente quem experimenta ser como aquele que está a serviço. Por isso Deus vive em gratuidade, pois Ele está sempre a serviço. Esse é o convite da liturgia de hoje: aprender a viver na gratuidade sendo sinal de contradição. As comunidades proféticas na época de Jeremias progrediram nessa experiência ao renascerem em Deus para serem sinal de contradição. Elas aprenderam a enfrentar o medo quando metiam o dedo na ferida ao apontar que Israel estava sendo uma nação construída na corrupção. Por isso os ricos ficavam cada vez mais ricos a custa dos pobres que não conseguiam mudar sua situação e continuavam na miséria. Foi o que Jesus fez na sinagoga de Nazaré. Afirmou que uma comunidade que não luta para tirar os pobres da exclusão não é uma comunidade de Deus e nem caminha com Ele. Só é uma comunidade seguidora de Deus se socorre a viúva que passa fome e o estrangeiro que está doente. E nós, que tipo de comunidade é a nossa?