Primeira leitura: At 14, 21b-27
Segunda leitura: Ap 21,1-5a
Salmo: 144
Evangelho: Jo 13, 33a.34-35
A liturgia do domingo passado nos convidava a olhar para baixo refletindo conosco Jesus como o Bom Pastor, neste domingo ela nos convida a olhar para cima, para a Cruz de Jesus. A cruz é luz. Luz para esclarecer, para entender e para explicar. À medida que contemplamos a cruz, a sua luz vai nos ajudando compreender a ressurreição de Jesus e entender a nossa união com Ele hoje como Igreja que continua sua atuação aqui e agora. Essa luz une as primeiras páginas da Bíblia às últimas: liga o livro do Gêneses ao Apocalipse. No Gêneses Deus entra no jardim a procura do ser humano. No Apocalipse Deus encontra o ser humano e não sai mais desse jardim. A Igreja é o jardim de Deus. É sua morada como fala a segunda leitura da liturgia de hoje. Nós estamos nesse jardim. Lugar do encontro de quem está enamorado. Vivemos, portanto, no tempo de nos conhecermos a nós mesmos, de conhecermos a Deus e de Deus nos conhecer também. Por isso Jesus nos convida a viver nessa sintonia com Deus ao dizer no evangelho de João: “amai-vos uns aos outros” (Jo 13, 34). É exatamente essa experiência que Paulo e Barnabé procuram espalhar pela Ásia toda nas comunidades de Listra, Icônio, Antioquia, Psídia, Panfília contando “tudo o que Deus fizera por meio deles e como havia aberto a porta da fé para os pagãos” (At 14, 27). Eles e nós estamos iluminados pela luz que sai da cruz.