A Igreja ao convocar seus filhos e filhas para a vivencia da paz em 2015 identifica a importância de uma convivência sadia entre os seres humanos com todas as suas atividades conjuntas. Cuidar do bem-estar daqueles que convivem em sociedade significa lançar um enorme desafio, pois, na sociedade atual de hegemonia capitalista existem processos de exclusão e não participação de pessoas que a compõem. Estamos sendo convidados a cuidar para que a paz não se transforme numa palavra oca e sem sentido. A Bíblia ensina que onde não existe partilha só pode crescer a fome e as enfermidades. Fome e enfermidade não podem existir juntamente com a paz. Nesse sentido a paz toca os estômagos antes de tocar os corações. Quem estiver de barriga cheia falando da paz sem se preocupar com quem não tem onde morar, o que comer, onde trabalhar e sem terra para plantar, pode falar de paz, mas não entendeu a sua importância e nem o seu valor. O profeta Oséias entendeu o valor da paz e ensinava aos camponeses da Judéia que Deus queria misericórdia e não oração. A Igreja defende a Paz ao ensinar que o seu significado caminha na direção da abundância e da partilha para todos os seres humanos.